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Foto: Arquivo Pessoal
Em Júlio de Castilhos, um armazém foi derrubado devido ao forte vento que atingiu a localidade de Guassupi, na madrugada desta terça-feira. Os escombros do prédio caíram sobre maquinários e sacos de soja.
A ventania teria durado cerca de 15 minutos e também trouxe estragos no assentamento Alvorada, entre Júlio de Castilhos e Santa Maria, derrubando árvores sob a BR-158, o que bloqueou o trânsito momentaneamente, sendo liberado ainda na madrugada.
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O prefeito de Júlio de Castilhos, Bernardo Dalla Corte, falou ao Bom Dia, Cidade, na rádio CDN, nesta terça, sobre os dados causados:
- Por onde a ventania passou, deixou estragos muito grandes. Não acreditamos até vermos a força da natureza. Foi grande o prejuízo para as famílias.
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Sobre as condições climáticas que atingiram a cidade nos últimos meses, o prefeito ressaltou que além da estiagem, o vendaval destruiu as propriedades rurais do município. Outro galpão também teria caído pela força do vento, molhando adubo e fertilizantes para a próxima safra, além da estrutura cair sobre as máquinas.
Conforme o agricultor Evandro Boligon, 42 anos, o prejuízo está em torno de R$ 1 milhão, entre sementes e armazém para reconstrução. Segundo o proprietário, parte do valor vai ser coberto pelo seguro.
De acordo com o meteorologista Gustavo Verardo, da BaroClima Meteorologia, provavelmente os danos tenham sido provocados por uma microexplosão, que ocorre quando uma forte rajada de vento sai da base da nuvem em direção ao solo, provocando um forte estouro, deixando rastros de destruição,em que o vento desloca o ar muito rapidamente.
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A chuva de granizo atingiu a lavoura, que já estava colhida. As culturas de invernos ainda não estavam plantadas. O vento teria arrastado uma carroceria de caminhão, que pesa cerca de 4 toneladas, por 400 metros, e muitas árvores foram quebradas.
- Felizmente, sem nenhum dano para a saúde de ninguém. Teve bastante chuva que atrasou a retirada das peças no armazém. Estamos ao tempo, nossa indústria está a céu aberto, e esse risco nós corremos. Esperamos que não volte a ocorrer, mas faz parte da nossa atividade agrícola - disse Boligon.
*Gabriel Marques